Wednesday, June 27, 2007

A Mulher no Cartoon 4

Por: Osvaldo Macedo de Sousa

As cartoonistas pioneiras TIVERAM PROBLEMAS?

Trina Robbins responde pelas americanas: "Penso que as primeiras cartoonistas não tiveram problemas - certamente não os problemas que tenho hoje. A tira cómica era algo de tão novo que ninguém na altura pensava nela como "masculino" ou "feminino", e havia bastantes mulheres a trabalhar em banda desenhada para jornais" Contudo Jan Eliot acrescenta: "As mulheres foram inicialmente aceites como cartoonistas porque elas vinham do campo da ilustração one muitas eram consideradas excelentes. Foi na altura considerado ser um campo de estudo e trabalho para mulherers, um dos poucos ... e muito do seu trabalho, e depois os seus cartoons retratavam crianças bonitas e animais/bonecos de estimação. Adicionalmente, muitas mulheres contribuiram para o New Yorker, uma revista que se tornou famosa pelos seus cartoons single panel de alta qualidade. Contudo, nos anos 50, depois da II Grande Guerra, as coisas modificaram-se nos E.U.A. Os homens regressados da guerra reclamavam os empregos que as mulheres tinham estado a preencher na sua ausência, e elas foram encorajadas a ficar em casa e constituir família. Esta atitude estendeu-se também às cartoonistas, e quando a sociedade cartoonista de sucesso - Sociedade Nacional de Carttonistas – foi fundada nos anos 50, as mulheres foram excluidas. Muitas tiveram dificuldade em encontrar editores que aceitassem os seus trabalhos. Dale Messick é um exemplo excelente ... o seu nome era inicialmente Dahlia, e a sua tira cómica "Brenda Starr" foi rejeitada por muitos editores. Quando ela mudou o nome para "Dale" (um nome que tanto pode ser de homem ou de mulher) e o enviou pelo correio em vez de o fazer pessoalmente, o trabalho foi imediatamente aceite para publicação. "Brenda Starr" ainda se publica hoje. Hilda Terry também teve uma experiência única ao tentar co-existir com cartoonistas-homens. Ela publicou uma tira cómica sobre uma adolescente chamada "Teena". Foi posta na lista negra da Sociedade Nacional de Cartoonistas apesar de todo o seu sucesso, e quando viajou com cartoonistas-homens numa tournée para divertimento das tropas, eles abandonavam-na aproveitando uma ida dela à casa-de-banho; iam para o palco sem ela, apanhavam aviões sem ela ... enfim, ela teve mesmo que lutar para competir com eles. Foi finalmente aceite na Sociedade Nacional de Cartoonistas em parte devido à influência de Al Capp e Milton Caniff que favoreceram a sua admissão, e ela depois nomeou Gladys Parker e outras amigas cartoonistas, e só assim, finalmente, se quebrou a barreira contra o sexo feminino na S.N.C."
No caso Europeu, os depoementos das bulgaras Ioana Nikolova e Neda Gougouchkova são esclarecedoras. A primeira escreve - " No passado, as caricaturistas não eram tão populares porque havia muitos caricaturistas-homens cujos nomes já tinham alcançado renome. Por outro lado, muitos jornais e revistas preferiam os caricaturistas-homens, partindo do princípio que as mulheres não seriam suficientemente boas nessa arte devido à sua natureza específica. Eu estou a dizer-lhe isto pela minha própria natureza e experiência pessoal. Como é óbvio, se uma caricaturista acreditar em si mesma, ela não desiste, apesar da discriminação sexual." A segunda acrescenta – "A dificuldade de ser mulher neste tipo de arte é que a maior parte dos homens acha que esta ocupação não é para mulheres. Dum modo geral, habituaram-se com o decorrer do tempo. Eu nunca fui perseguida , com excepção de uma pessoa, que o fez "por amor"! ?"
Naturalmente que não estava à espera que me dissessem que as pioneiras sofreram a amargura da tortura, o desterro. As coisas são mais soft, são subtis, e naturalmente ainda hoje do mesmo se podem queixar muitas artistas. Também é verdade que essa barreira também existe para jovens machos em inicio de carreira...

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