Friday, December 26, 2008

Faianças Bordalo Pinheiro cessam produção no fim do mês por falta de encomendas - ASSIM MORRE A ARTE EM PORTUGAL


FOMOS SURPREENDIDOS POR ESTA NOTICIA DO ENCERRAMENTO DA ÚNICA EMPRESA QUE AINDA MANTEM VIVA A HERANÇA DO MAIOR MESTRE DO HUMOR PORTUGUES DE TODOS OS TEMPOS.
HÁ DINHEIRO PARA SALVAR A CARA DE BANQUEIROS BURLÕES, DE EMPRESÁRIOS MAL FORMADOS, MAS NÃO HÁ PARA NACIONALIZAR, RESGATAR DOS CREDORES, RESTAURAR E MANTER VIVA UM PATRIMÓNIO ÚNICO, A ALMA DA CERÂMICA DO GRANDE MESTRE RAPOHAEL BORDALO PINHEIRO.
Segue as noticias que apanhei na net, para terem melhor informação do que se passa: A maior cerâmica caldense – as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, Lda – pediu aos trabalhadores para suspenderem o seu contrato de trabalho por já não ter “uma única encomenda para o mês de Janeiro”, segundo o seu administrador, Jorge Serrano.
A empresa vai cessar a produção da fábrica que possui na zona industrial das Caldas da Rainha e que dá emprego a 150 trabalhadores, mantendo por enquanto a funcionar o espaço fabril secular que já vem do tempo do artista Rafael Bordalo Pinheiro, na zona histórica da cidade. Aqui, porém, só trabalham 17 pessoas e o seu administrador diz que os encargos são tantos que também esta parte da empresa não deverá sobreviver ao mês de Janeiro.
Já em Junho passado, a Secla, a maior indústria cerâmica das Caldas da Rainha, tinha também fechado a sua fábrica, que contava com 260 trabalhadores. As Faianças Bordalo Pinheiro são a última indústria deste sector, que ainda sobrevivia, e, curiosamente, foi também a primeira, dado que a empresa é herdeira da fábrica criada em 1884 pelo artista que lhe dá o nome.

Foi “o corte das encomendas dos norte-americanos há dois meses”, a gota de água que levou, a administração da fábrica de Cerâmica Rafael Bordalo Pinheiro, a dizer aos trabalhadores que “não há trabalho nem dinheiro para lhes pagar Janeiro”, explicou Jorge Serrano, administrador. “A única maneira de receberem salários em Janeiro é irem para o fundo de desemprego, até a empresa encontrar soluções”,adiantou.
Mas, para já, os trabalhadores da Cerâmica Rafael Bordalo Pinheiro “não estão acatar a proposta da administração”, garantiu José Fernando, dirigente do Sindicato de Cerâmica do Distrito de Leiria e trabalhador da Rafael Bordalo Pinheiro.
José Fernando afirma que “a administração não quer pedir a insolvência da empresa, por isso vai manter a funcionar a unidade do Parque D. Carlos I”, onde trabalham vinte pessoas.
Era do conhecimento publico há muitos meses a situação difícil da Cerâmica Rafael Bordalo Pinheiro. A autarquia das Caldas da Rainha, numa tentativa de segurar parte do património de cair nas mãos de eventuais credores, adquiriu mesmo uma parte da Bordalo Pinheiro.
O encerramento por falta de encomendas promete um Janeiro difícil para centena e meia de trabalhadores a partir de Janeiro de 2009.

PARA QUEM NÃO SAIBA:
A Fábrica de Faianças nasceu do sonho de Rafael, acalentado pelo amigo de longa data, Ramalho Ortigão, e pela irmã Maria Augusta. O terreno (80.000 m) foi comprado por dois contos de reis e nele existiam 2 nascentes de água e 2 barreiros que serviriam de matéria prima ao fabrico de tijolos, telhas e louça artística. A escritura da fábrica, sociedade anónima de responsabilidade limitada, foi assinada a 30 de Junho de 1884 e Rafael entregou-se de corpo e alma ao plano arquitectónico das instalações. O resultado foi um pavilhão de dois andares com dois corpos laterais de pavimentos térreos, destinados a aulas e depósito de louça cercado dum parque ajardinado e arborizado, e um grande edíficio de um só pavilhão onde estavam instaladas máquinas e oficinas para além de três fornos. Para além de um grande pavilhão para venda e armazenamento dos produtos acabados.
Tinha como objectivo «explorar a indústria cerâmica no ramo especial das faianças», e propunha-se lançar no mercado, além de produtos de cerâmica ornamental e de revestimento e louça do tipo que se cultivava nas Caldas «objectos da mais fina faiança estampados com gravuras originais para usos ordinários, e louça ordinária para os usos das classes menos abastadas».



O MINISTÉRIO DA CULTURA, O MINISTÉRIO DA ECONOMIA O SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEM UMA PALAVRA PARA ISTO?





A FECO PORTUGAL ESTA A PREPARAR UMA ACÇÃO DOS HUMORISTAS PORTUGUESES, POR ISSO ESTEJAM ATENTOS, PORQUE SÓ TODOS UNIDOS CONSEGUIREMOS ALGO...

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