Friday, December 26, 2008

O Natal não tem só alegrias, infelizmente tambem tristezas como o desaparecimento de um grande artista - Zé Paulo

Noticia dada por Geraldes Lino
http://www.divulgandobd.blogspot.com/
Zé Paulo (1937-2008)
Faleceu ontem, 23 de Dezembro, pela 19h00, vítima de cancro, Zé Paulo (ou ZEPAULO, como ele costumava assinar), de seu nome completo José Paulo Abrantes Simões. Chegou o fim da aventura para um notável artista da BD, ilustrador, caricaturista, pintor.

Adeus, amigo Zé Paulo.
Tive a honra de receber de Zé Paulo as suas últimas colaborações na BD, a derradeira das quais está visionável na obra colectiva "Super-Homem no Século XXI". Ainda neste blogue (divulgandobd.blogspot.com – no "post" de Junho 30, 2006) está a entrevista que lhe fiz, acompanhada de fotografia (já nessa altura o Zé Paulo andava em tratamento de quimioterapia).
Biobiliografia de Zé Paulo
publicada no fanzine Efeméride nº 3, a acompanhar a prancha Esperman pertencente ao tema Super-Homem no Século XXI

José Paulo Abrantes Simões. Lisboa, 4 de Novembro de 1937.
Curso de Pintura da Escola de Artes Decorativas António Arroio.
Em 1974 foram publicadas bandas desenhadas suas na revista alemã Pardon. Mas a sua produção mais importante foi divulgada na revista Visão, que teve doze números editados entre 1 de Abril de 1975 e Maio de 1976. Para ali fez várias obras de grande nível e variados temas, algumas delas realizadas em colaboração, cujos títulos merecem aqui ficar registados: Abril Águas Mil (uma prancha a preto e branco) e Os Loucos da Banda (seis pranchas a cores), ambas as BD's no número 1; Fábula de Um Passado Recente, sete pranchas a p/b (número 4, 15 de Maio de 75) e H20, duas pranchas a p/b (número 5, 1 Junho), ambas com argumento de Victor Mesquita; no n.º 7, Outubro, tem trabalho duplo: Histórias que a minha avó contava para eu comer a sopa toda (1.º episódio numa prancha a p/b), e a A Batalha de Rzang, 4 pranchas a p/b; no n.º 8, 10 Setembro, mais uma parte da série Histórias que a minha avó contava (...) e o episódio auto-conclusivo O Espantalho, em quatro pranchas a p/b; no n.º 9, de 20 Janeiro 76, outra parte das Histórias que a minha avó contava (...), iniciando-se neste número a narrativa gráfica A Família Slacqç com o episódio Bem Escondidinho, em quatro pranchas a p/b; no n.º 10 está o segundo episódio, Encontro com o Rato Mickey, mais quatro pranchas no n.º 11, O Teu Amor e Uma Cabana, quatro pranchas e no n.º 12, derradeiro da revista, com data de Maio 76, são publicados os últimos dois episódios quatro e quinto (como sempre, a quatro pranchas cada), dessa notável obra da BD portuguesa.
Em 1977 estreou-se no formato de álbum, com capa a cores e a bedê a preto e branco, A Direita de Cara à Banda (Desenhada) que tinha feito para o jornal Diário, com o título Os Direitinhas, de que foi aproveitada uma parte para o álbum.
Em 1979 escreveu e desenhou Memórias do Último Eléctrico do Carmo, bedê a preto e branco publicada no suplemento portador do curioso título DL Fanzine, do jornal Diário de Lisboa.
Colaborou com bedês de caracter infantil na revista Fungagá da Bicharada.
Na revista Lx Comics (n.º 3, Inverno 1991) fez uma prancha para o cadavre exquis Elxis, que tinha sido iniciado no n.º anterior por Bandeira, e foi continuada no seguinte por Pedro Burgos, mas o tal cadáver esquisito não chegou a ser acabado, porque a Lx Comics — que era propriedade de editora identificada pela sigla MFCR, apoiada pelo pelouro da cultura da Cãmara Municipal de Lisboa — finou-se nesse quatro número, talvez abafada pelos calores do Verão de 1991, ou por outra razão qualquer que não vem agora ao caso tentar deslindar.
Zé Paulo participou na obra colectiva Novas "fitas" de Juca e Zeca, editada num fanálbum em Julho de 2000, com o sarcástico episódio Satanás 3, Deus 1. para o mesmo editor-amador têm sido as suas mais recentes colaborações em BD, todas em 2007: no fanzine Efeméride (n.º2 - Fevereiro), de novo a parodiar um herói clássico, "Príncipe Valente no Século XXI", com a sátira O Valente do Casal; depois, no fanzine Tertúlia BDzine (n.º 115 de Julho, n.º 117 de Setembro e n.º 120 de Dezembro) fez, respectivamente, as seguintes bandas desenhadas (todas com quatro pranchas a p/b): Fim-de-Semana... Num Futuro Muito Próximo, Príncipe Valente no Século XXI Descendo a Calçada dos Cavaleiros em Contramão, e A Mão Cheia, tratando-se esta última de bd redesenhada sobre original da década de 1980. E para o renascido fanzine Eros (n.º10) também datado de 2007, quarto trimestre, escreveu e desenhou em quatro pranchas a p/b, a história Luisinha, uma peça ao mais recente estilo ZÉPAULO, como ele ultimamente assinava.
E, derradeiramente, está presente no terceiro número do fanzine Efeméride em mais uma banda desenhada intitulada Esperman integrada na obra colectiva Super-Homem no Século XXI, onde voltou a trabalhar a cores, género que pouco cultivou, mas que dominava com eficácia e sensibilidade.
Geraldes Lino

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